Famílias de Goianésia podem ter que escolher entre pagar a conta de luz e aluguel ou comprar alimentos básicos
O recente anúncio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre a adoção da bandeira tarifária vermelha patamar 2 em setembro trouxe mais uma preocupação para as famílias de Goianésia. Com o acréscimo de R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, muitas famílias que já enfrentam dificuldades com os altos custos de aluguel agora veem seu orçamento ainda mais comprometido.
Impacto na vida das famílias
De acordo com um estudo do Instituto Pólis em parceria com a IPEC, a conta de luz já é um dos maiores impactos no orçamento de quase metade das famílias brasileiras. Em Goianésia, onde o valor dos aluguéis tem sido uma dor de cabeça para muitos, o aumento na tarifa de energia surge como mais um obstáculo.
A pesquisa revela que cerca de 35% dos entrevistados precisaram cortar ou reduzir gastos com alimentos básicos, como arroz e feijão, para conseguir pagar a conta de luz. Com o aumento da tarifa, esse número pode crescer, ampliando as dificuldades enfrentadas por famílias que já lutam para pagar o aluguel.
Dificuldades no dia a dia
Gabriela Lorrane, que mora no bairro Primavera em Goianésia, compartilha sua preocupação: “Já estava difícil pagar o aluguel, e agora, com esse aumento na conta de luz, não sei como vou conseguir. Estou tendo que escolher entre manter a luz ligada ou comprar comida para os meus filhos,” relata com angústia.
A situação de Gabriela não é isolada. Muitas famílias na cidade estão se vendo obrigadas a fazer escolhas duras para poder sobreviver. O aumento na tarifa de energia agrava uma situação que já era complicada, deixando os moradores em uma posição de vulnerabilidade ainda maior.
Cenário preocupante
Com a economia fragilizada e sem perspectiva imediata de melhora, o aumento na tarifa de energia elétrica pode ser o golpe final para muitas famílias que já vivem no limite. A falta de políticas públicas eficazes para controlar o aumento dos custos de vida, incluindo moradia e serviços essenciais, coloca em risco a estabilidade de milhares de lares em Goianésia e em outras regiões do Brasil.
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