Marta encerra sua brilhante carreira em Copas sem o tão desejado título

Na terceira rodada da fase de grupos da Copa do Mundo Feminina de 2023, o Brasil entrou em campo contra a Jamaica sabendo que apenas a vitória interessava para garantir sua continuidade na competição. No entanto, o resultado foi um empate sem gols, que resultou na eliminação da equipe brasileira do torneio.
A partida, realizada no Melbourne Rectangular Stadium, foi marcada pelo domínio brasileiro na posse de bola durante o primeiro tempo, com 76%. Entretanto, a equipe enfrentou grandes dificuldades para romper a defesa jamaicana e optou por cruzamentos, que não tiveram sucesso na finalização. Mesmo com a presença de Marta desde o início da partida, a camisa 10 não foi efetiva e pode ter disputado sua última Copa do Mundo.
O segundo tempo foi marcado por poucas chances de gol para ambas as equipes, com o jogo ficando truncado. A melhor oportunidade para as brasileiras ocorreu aos 37 minutos, quando Geyse recebeu um passe de Bia Zaneratto, mas chutou para fora.
Com o empate, o Brasil se despede da Copa do Mundo Feminina de 2023 ainda na fase de grupos, um desempenho que não acontecia desde 1995. O resultado marca também a despedida de Marta das Copas, encerrando sua carreira no torneio como a maior artilheira da história, com 17 gols, mas sem nenhum título. Sua melhor colocação foi o vice-campeonato em 2007, quando o Brasil perdeu para a Alemanha na final.
Na saída do gramado, Marta expressou sua tristeza com o resultado e enfatizou a necessidade de renovação no time. Ela elogiou a equipe jovem e talentosa que segue em frente, mas lamentou não ter alcançado o tão desejado título para o Brasil.
A Jamaica, por outro lado, garantiu o segundo lugar do grupo F com 5 pontos, um a mais que o Brasil, e avançou para as oitavas de final. A primeira posição ficou com a França, que venceu o Panamá por 6 a 3 em outro jogo do grupo, somando 7 pontos.
Apesar de ter sido superior durante todo o jogo, o Brasil não conseguiu traduzir sua superioridade em gols. Enfrentando uma adversária com postura defensiva, as jogadoras comandadas por Pia Sundhage cercaram a área da goleira jamaicana, mas não conseguiram acertar nas finalizações.
Esta foi a primeira vez na história dos confrontos entre Brasil e Jamaica em que a seleção brasileira não conseguiu marcar gol.
A eliminação precoce também representa o pior desempenho de Pia Sundhage em Copas do Mundo. Em 2011, quando comandava os Estados Unidos, ela levou a equipe norte-americana ao vice-campeonato, enquanto em 2019, à frente da Suécia, chegou às oitavas de final, sendo eliminada pela Alemanha.