Investigação busca esclarecer venda e recompra de presentes recebidos durante mandato de Jair Bolsonaro
Nesta quinta-feira (31/8), a Polícia Federal (PF) realiza a coleta de depoimentos simultâneos como parte das investigações sobre a venda de joias e presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante seu mandato.
Dentre os depoentes estão Jair Bolsonaro, ex-presidente da República; Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e atualmente preso; General Mauro Lourena Cid, pai de Mauro Cid; Frederick Wassef, advogado da família; Fábio Wajngarten, advogado e ex-secretário de Comunicação; Tenente Osmar Crivellati, membro da equipe de Bolsonaro; e Coronel Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente.
O foco da investigação é esclarecer os detalhes acerca da venda e recompra de joias e objetos recebidos como presentes por Jair Bolsonaro durante seu mandato. Autoridades procuram entender os caminhos percorridos por esses objetos e verificar se houve vinculação financeira em transações que os envolvem.
Um dos pontos em investigação é um relógio que fazia parte de um conjunto de joias sauditas recebido por Bolsonaro em 2019. Este relógio teria sido vendido nos Estados Unidos e recomprado a um preço mais alto após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) para que os presentes recebidos pelo ex-presidente fossem devolvidos.
Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, é apontado como responsável pela recompra de um Rolex que membros da equipe presidencial teriam vendido durante uma viagem aos Estados Unidos. Wassef afirmou que utilizou recursos próprios para a recompra do item, alegando que seu objetivo era a devolução ao governo.
As investigações buscam esclarecer o papel desempenhado por cada indivíduo na operação, assim como o destino dos recursos oriundos das vendas. O depoimento de hoje marca o quinto prestado pelo ex-presidente Bolsonaro à Polícia Federal em diferentes investigações.