Centro Cultural Octo Marques celebra o 97º aniversário do artista com uma exposição de pinturas e esculturas. Após abertura, na noite de quarta-feira (26/10), peças permanecem na capital até 28 de novembro
A exposição “As matérias vivas de Antônio Poteiro: Barro, Cor e Poesia” será aberta na próxima quarta-feira (26/10), às 19h, no Centro Cultural Octo Marques, localizada no Centro de Goiânia. A mostra tem curadoria de Divino Sobral e produção de Malu da Cunha e foi contemplada pelo Programa Goyazes, por meio de patrocínio da Enel Distribuição Goiás, com valor de R$ 314 mil.
O conjunto reúne 53 obras pertencentes ao acervo do Instituto Antônio Poteiro, sendo 39 pinturas e 8 esculturas de autoria do artista. Além disso, estarão expostas 3 esculturas de seu pai, Américo Batista de Souza, e 3 esculturas de seu filho, Américo Batista de Souza Neto. O objetivo é agregar trabalhos das três gerações, oferecendo ao público a oportunidade de ver como a arte de Poteiro é herdeira da tradição presente em sua família.
A exposição permanecerá no Centro Cultural Octo Marques até o dia 28 de novembro. A visitação no espaço é feita de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, com entrada gratuita. Após este período, a mostra segue para o Museu Nacional de Brasília, com abertura no dia 16 de dezembro.
O artista
Antônio Batista de Souza nasceu em Portugal e veio para o Brasil com um ano de idade. Com a família, morou em São Paulo e Minas Gerais. Em 1955, mudou-se para Goiás, residindo em Nerópolis, onde ganhou o apelido de Poteiro. Em 1967, fixou residência em Goiânia e, aos 42 anos de idade, passou a criar peças autorais e a assinar sua obra em cerâmica como Antônio Poteiro. A partir de 1972, passou a pintar e seu imaginário transitou da materialidade do barro para o universo vibrante da cor.
Curador da mostra, Divino Sobral explica que a substância poética de Antônio Poteiro é ligada à sua própria experiência de vida, e, nesse sentido, sua obra guarda conteúdo autobiográfico, manifesto em assuntos extraídos do seu cotidiano ou da sua memória de homem simples, que viveu próximo ao ambiente rural, à natureza, à cultura e à religiosidade populares.
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