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Técnica de enfermagem é presa suspeita de simular contrato milionário para aplicar golpe

Sérgio Couto

A mulher disse as vítimas que firmou contrato milionário, mas que precisava abrir empresa para prestar serviços. Ela prometia que as contrataria, pagando de R$ 5 a R$ 10 mil.

Técnica de enfermagem é presa suspeita de simular contrato milionário para aplicar golpe
Foto: Divulgação/Polícia Civil

Uma técnica em enfermagem de 37 anos foi presa pela Polícia Civil, suspeita de simular um contrato milionário com uma mineradora multinacional, falsificar assinatura e se passar por médicos e outros profissionais, em Goianésia, na região do Vale do São Patrício. Conforme informações da polícia, ela teria dito para pessoas que precisava de dinheiro para abrir uma empresa. Em troca dos valores, ela prometia que as contrataria, pagando de R$ 5 a R$ 10 mil.


As investigações iniciaram no dia 18 de outubro, após duas pessoas procurarem a Polícia Civil e noticiarem os fatos. Segundo as investigações, em meados de março deste ano, a investigada teria apresentado a essas pessoas um contrato anual de R$ 4 milhões, que ela disse ter celebrado com uma empresa multinacional para prestação de serviços na área da saúde do trabalho.


A técnica de enfermagem informou que precisava abrir uma empresa para prestar os serviços, mas que não tinha o dinheiro necessário para isso, já que precisaria de um capital de abertura e de giro. Após isso, ela propôs a essas pessoas que, após a formalização do contrato junto à empresa, ela as contraria, pagando a elas quantias de R$ 5 mil e R$ 10 mil.


No decorrer das investigações, a policia constatou que para dar credibilidade ao esquema criminoso, a investigada criou um grupo em um aplicativo de mensagens com os supostos colaboradores da empresa, entre eles, médicos, técnicos de enfermagem, técnicos em segurança do trabalho. A polícia descobriu ainda que ela usava chips diferentes para se passar por alguns desses profissionais.


Ainda conforme a denúncia, a mulher chegou a emitir um passaporte, alegando que precisaria fazer um treinamento no Canadá — evento este que ela disse que aconteceria na próxima segunda-feira (24/10).


Com a demora na formalização do contrato, as vítimas decidiram procurar a mineradora multinacional. Foi quando eles descobriram que o contrato apresentado pela mulher era falso.

Foto: Divulgação/Polícia Civil

Após as investigações, a Polícia Civil pediu pela prisão preventiva e busca e apreensão na casa da investigada, o que foi deferido pelo Poder Judiciário. Com a mulher, foram apreendidos três aparelhos celulares, notebooks, pendrives, chips telefônicos, o contrato falso que ela teria feito com a mineradora, entre outros documentos.


A polícia espera que, com a análise do material apreendido, possa verificar se há outras pessoas envolvidas no esquema, além de identificar possíveis novas vítimas e outros crimes. A corporação estima que o prejuízo causado às vítimas tenha passado de R$ 37 mil.


A investigada foi levada ao Presídio Regional Feminino, em Barro Alto, e se encontra a disposição do Poder Judiciário.

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