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Adolescente morre após “brincadeira de lutinha” incentivada por adultos em Goianira

Testemunhas afirmam que o garoto, de 14 anos, não queria participar da disputa, mas foi provocado até aceitar. Conselho Tutelar acompanha o caso.

Adolescente morre após “brincadeira de lutinha” incentivada por adultos em Goianira
Carlos Emanuel, 14 anos, perdeu a vida em uma “brincadeira” violenta - Foto: Reprodução

Uma suposta “brincadeira” que envolvia socos e chutes terminou em tragédia na noite de domingo (2), em Goianira, na Região Metropolitana de Goiânia. O adolescente Carlos Emanuel Milhomem, de 14 anos, morreu após participar de uma disputa conhecida como “lutinha”, que era acompanhada e até estimulada por adultos.


O confronto aconteceu em uma praça pública, pouco antes de um jogo de futebol. Segundo testemunhas, o grupo decidiu organizar as lutas enquanto aguardava a chegada da bola. A vítima enfrentou outro adolescente, de 16 anos, mas, conforme relatos, não queria participar e só aceitou depois de ser provocada por pessoas mais velhas.

“Ele não queria lutar, mas começaram a zombar dele, dizendo que estava com medo, que não era homem. Acabou indo por pressão”, contou um amigo da vítima à TV Anhanguera.

Durante a disputa, o jovem mais velho acertou golpes na cabeça e no peito de Carlos Emanuel, que caiu desacordado e começou a apresentar convulsões. Ele foi levado às pressas para uma unidade de saúde, mas chegou sem sinais vitais.


O relatório médico aponta que o adolescente estava em parada cardíaca e apresentava escoriações na testa, hematomas nos dois lados do tórax e falência dos pulmões. A morte foi confirmada por volta das 21h.


O Conselho Tutelar de Goianira acompanha o caso. O conselheiro Enielson Limiro relatou que cerca de 18 pessoas estavam no local, entre elas adultos. Em imagens exibidas pela TV, é possível ver um dos homens assistindo às lutas com um bebê de colo nos braços.


A mãe de Carlos Emanuel, Maria Claudete, contou que o filho havia acabado de chegar da igreja quando pediu para ir até a praça.

“Tinha gente grande ali, que em vez de separar, ficou incentivando. Quando vi o corpo dele, percebi que não podia ter sido só uma brincadeira”, lamentou, aos prantos.

A prima do adolescente, Ana Milhomen, também criticou a atitude dos adultos.

“Trataram aquilo como diversão, e no fim, ele perdeu a vida. Uma brincadeira que nunca deveria ter acontecido”, desabafou.

O corpo do adolescente foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia, e o enterro aconteceu na tarde desta segunda-feira (3), em Goianira.


O adolescente de 16 anos que participou da luta foi ouvido pela Polícia Civil e liberado em seguida. Já três adultos — dois de 19 anos e um de 18 — foram detidos, pagaram fiança e responderão em liberdade. Eles devem ser indiciados por corrupção de menores e incitação à violência.

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