Trabalhadores são encontrados em condições análogas à escravidão no interior de Goiás
- Redação Ogoiás | Goiânia

- 13 de out
- 1 min de leitura
MPT encontrou alojamentos sem banheiro e água imprópria para consumo

Uma operação do Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO) encontrou 108 trabalhadores rurais vivendo em condições degradantes em uma fazenda de Vila Boa, no Leste goiano. Segundo o órgão, os alojamentos eram superlotados, sem ventilação, com lixo acumulado e sem banheiros.
A água para consumo estava contaminada por coliformes fecais e não havia local adequado para refeições. Parte dos empregados não tinha registro formal, e muitos haviam sido trazidos do Maranhão. As empresas Companhia Bioenergética Brasileira (CBB) e ATAC Participação e Agropecuária S/A, ambas em recuperação judicial, não forneciam equipamentos de proteção e submetiam os trabalhadores a jornadas exaustivas e alimentação limitada.
Após a fiscalização, as companhias assinaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), comprometendo-se a pagar R$ 861 mil em verbas rescisórias e R$ 677 mil em indenizações por danos morais, totalizando R$ 1,5 milhão. O acordo também obriga as empresas a regularizar contratações, proíbe intermediários e determina a adoção do Programa de Gerenciamento de Riscos no Trabalho Rural (PGRTR).
Os alojamentos deverão ficar a até 30 km do local de trabalho, com transporte diário de no máximo 25 minutos, banheiros, áreas de convivência e água potável.
A investigação começou após denúncia anônima recebida por canais oficiais como o Sistema Ipê, Aplicativo Pardal e Disque 100.
O Portal Ogoiás tentou contato com representantes das empresas, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.











