Alunos de colégio em Goiânia identificam 12 possíveis asteroides em projeto internacional
- Redação Ogoiás | Goiânia

- 17 de out.
- 2 min de leitura
Estudantes do Colégio Apoio analisaram imagens captadas por telescópio no Havaí e serão homenageados em Brasília

Dezessete alunos do Colégio Apoio, em Goiânia, estão entre os jovens que participam de uma campanha internacional para identificar asteroides próximos da Terra. Eles já localizaram 12 objetos considerados “preliminares”, a partir de imagens fornecidas por um telescópio localizado no Havaí, nos Estados Unidos. O grupo será reconhecido pelo feito no próximo dia 22 de outubro, durante evento em Brasília (DF).
A ação faz parte do programa International Astronomical Search Collaboration (IASC), o Centro Internacional de Colaboração Astronômica, com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O professor Mateus Martins, que leciona inglês e Projeto de Vida na escola, foi o responsável por inscrever o grupo. Ele participa da iniciativa há cerca de três anos e explica que o projeto tem como objetivo aproximar os estudantes da ciência.
“O IASC envia registros do telescópio do Havaí e os alunos analisam as imagens para tentar identificar objetos que podem ser asteroides. Neste ano, foram 12 considerados como preliminares”, detalha o professor.
Mateus destaca que o projeto é totalmente voluntário e aberto ao público, e que o Brasil participa por meio do MCTI.
“O intuito é tornar a ciência mais acessível. O ideal é que mais escolas se envolvam. Os estudantes precisam disso”, afirma.
Os 17 alunos do Colégio Apoio receberão medalhas de reconhecimento durante a Semana Nacional da Ciência e Tecnologia, pela identificação dos chamados “asteroides preliminares”.
Descobertas que podem ganhar nomes
As descobertas ainda passarão por uma análise internacional que pode levar de três a seis anos. Se confirmadas, os estudantes poderão batizar os asteroides que encontraram.
Entre os participantes está Richard de Castro Melo, de 15 anos, aluno do 9º ano. Ele começou no projeto no início do ano passado, ainda no 8º ano, e conta que se interessou pelo tema por gostar de astronomia.
“A gente analisa imagens em preto e branco do telescópio e precisa achar pequenos pontos que se movem. É como uma caça aos asteroides”, explica o estudante.
Richard diz que o projeto o inspirou a seguir carreira na área científica.
“Aprendi muito sobre o comportamento desses objetos e sobre astronomia em geral. Quero seguir como astrônomo ou em alguma área ligada à matemática. Meus pais sempre me apoiaram”, conta.










