Relatório aponta troca de mensagens entre ex-presidente e empresário para divulgação de informações falsas visando descredibilizar o processo eleitoral
De acordo com um relatório recente da Polícia Federal (PF), Jair Bolsonaro (PL) teria instigado o empresário Meyer Nigri, proprietário da Tecnisa, a compartilhar informações falsas sobre supostas fraudes no Supremo Tribunal Eleitoral (STF) durante as eleições de 2022. As mensagens reveladas pela investigação apontam para uma alegada ordem de Bolsonaro para que as fake news fossem amplamente disseminadas.
O relatório da PF também indica ataques direcionados ao ministro do STF Luís Roberto Barroso. A investigação foi iniciada em 2022 após o Metrópoles divulgar conversas em um grupo de WhatsApp que incluía empresários brasileiros discutindo cenários pró-golpe em caso de vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Empresários
Entre os participantes desse grupo estavam Meyer Nigri e Luciano Hang, dono da Havan. Além disso, mensagens trocadas entre Nigri e um contato identificado como "PR Bolsonaro 8" foram analisadas. As mensagens indicam supostas alegações de que o Instituto Datafolha teria inflado os números de Lula para favorecer o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O relatório sugere que o objetivo dessas mensagens seria minar a confiança no processo eleitoral e nas instituições do país. A PF investiga as implicações dessas ações, que levantam preocupações sobre o uso de desinformação para influenciar o cenário político.
Além disso, a investigação também destacou uma conversa realizada em julho de 2023 em que José Koury, proprietário do Barra World Shopping, expressou apoio a um possível golpe de Estado para evitar a posse de Lula. Koury também defendeu que o Brasil ainda atrairia investimentos externos mesmo sob um regime ditatorial.
