Polícia investiga a possível participação do deputado no financiamento de acampamentos de cunho golpista
Na manhã desta terça-feira (29/8), a Operação Lesa Pátria cumpre novos mandados de busca e apreensão em Goiás, tendo como principal alvo o deputado estadual Amauri Ribeiro (UB). A ação é coordenada pela Polícia Federal (PF).
Em junho deste ano, o deputado e ex-prefeito de Piracanjuba assumiu ter contribuído financeiramente com os acampamentos de cunho golpista. "Eu também deveria estar preso, eu ajudei a bancar quem estava lá. Mande me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha na visão de vocês. Eu ajudei, eu levei comida, eu levei água, eu dei dinheiro. Eu acampei lá e também fiquei na porta porque sou patriota. O dinheiro não veio de fora, veio de gente que acredita nessa nação", disse Amauri Ribeiro em um discurso na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
Durante o mesmo discurso, o parlamentar também defendeu a libertação do coronel Benito Franco, que havia sido detido pela Polícia Federal em abril. Além disso, ele advogou pela soltura das pessoas acampadas em frente a quartéis, clamando por uma intervenção militar e argumentando que apenas aqueles que cometeram atos de vandalismo nos prédios dos três poderes em Brasília deveriam ser detidos.
De acordo com informações fornecidas pela PF, "os fatos objeto das investigações configuram, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido, além de infrações previstas na lei de terrorismo."
O Ogoiás tentou falar com a equipe do deputado Amauri Ribeiro para obter um posicionamento sobre as acusações e as investigações em curso, porém, até o momento, não obteve resposta.
