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Sidiney Leonis

Entrevista: Lia Almeida


Música sertaneja é um gênero musical que tem sua origem no sertão do Brasil. Por sua parte, a música caipira seria aquela desenvolvida na zona rural de São Paulo. Feminejo é o Estilo musical sertanejo cujas letras são cantadas e compostas por mulheres, trazendo uma perspectiva feminina sobre os temas próprios do sertanejo, incluindo músicas que focam no empoderamento, superação e independência da mulher. Com essas definições que apresento entrevistada de 30 anos, nascida em Quixadá/CE e uma das novas promessas do cenário musical.


1. Como a música chegou na sua e virou sua profissão?


Minha família sempre foi muito musical. Meu avô Geraldo era regente do coral da igreja, em Quixadá, e tocava teclado muito bem. Foi com ele que comecei a gostar de música. Tenho primos que tocam instrumentos e gostam de cantar. Meu irmão Renan é guitarrista e meu tio Neto Inácio toca em banda até hoje.


Violão eu aprendi a tocar com meu amigo Pedro, na calçada de casa. Tenho boas memórias dessa época.


Participei de um primeiro concurso de música aos oito anos de idade e a partir daí não parei mais. Até cheguei a cursar faculdades de Turismo e Educação Física, mas deixei tudo pela música. Cantei mais de dez anos em barzinho no Ceará e no final de 2021 recebi um convite para vir morar em Brasília e gravar o meu primeiro DVD.


2: Se fala muito no movimento Feminejo (Estilo musical sertanejo cujas letras são cantadas e compostas por mulheres, trazendo uma perspectiva feminina), qual sua opinião sobre?


Embora tenha ficado mais conhecido recentemente, não é um movimento novo. Podemos citar alguns nomes que já estão na estrada a mais tempo, como Roberta Miranda, mas foi com Marília Mendonça que essa denominação ganhou força. Entendo que Feminejo não é diferente de Sertanejo, mas é uma forma de marcar o nosso espaço e dizer que estamos cada vez mais fortes nesse meio.


3: Ao observar o seu trabalho e forma como canta, lembra muito o estilo Marília Mendonça, qual a importância dela na sua vida artística e no mundo musical?


Marília é única e jamais serei igual a ela, mas ela me inspira a continuar batalhando pelo meu sonho de vencer na música. Eu me sinto muito honrada quando as pessoas chegam pra mim fazendo essa referência. Foi ela quem escancarou as portas do sertanejo para as mulheres e eu tenho certeza que abriu caminho não apenas para mim mas para várias outras cantoras que ainda virão por aí.


4: Com quais artistas seria o seu sonho de um feat?


Se for para citar nomes, vão ter que me dar mais três páginas de entrevista.


5: O que mudou na sua vida antes e depois trabalhando com música?


Já fiz inpumeras coisas na minha vida, mas nunca focava nessas coisas porque a música sempre foi o meu amor, minha paixão e eu só precisava acreditar nela do jeito que ela acreditava em mim. Viver isso é um chamado e eu tô aqui vivendo cada dia uma nova experiênci e evoluindo como profissional e ser humano.


6: Em algum momento dessa caminhada pelos sonhos, sofreu algum tipo de preconceito, ou até mesmo pensou em desistir?


No meio sertanejo ainda existe muito machismo e eu passei por alguns momentos difíceis até aqui. Muitas vezes, num primeiro momento, quem ainda não conhece o meu trabalho não coloca muita fé no que tenho a oferecer. Mas quando começo a cantar as atitudes mudam e as pessoas passam a ter um pouco mais de respeito pelo meu trabalho.


Eu já quis desistir, murmurar, lamentar, mas tomei as rédeas da situação e resolvi fazer diferente, agir diferente, pensar diferente e foi aí que as coisas começaram a mudar.


7: Quais as novidades e projetos para 2022/2023?

Estamos trabalhando em todas as plataformas o EP1 do DVD que gravamos em Brasília. Quem quiser acompanhar pode acessar o meu perfil no intagram @liaalmeidacantora. O nome da primeira música de trabalho é "Paulo Amigo" e ela já está tocando em mais de 300 rádios em todos o país. Além disso, temos mais quatro EPs para serem lançados até o final do ano. Aos poucos as pessoas vão conhecer mais de mim e da minha música.

 
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Ogoiás.

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