Foram cumpridos 10 mandados de buscas e apreensões em residências e comércios das pessoas investigadas
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Na manhã desta terça-feira (19/4), a Polícia Civil por meio do Grupo Especial de Repressão a Crimes Patrimoniais (GEPATRI) de Goianésia, deflagrou a operação “Azar no Jogo”.
Segundo a polícia, o objetivo é investigar suspeitas de fraudes na comercialização/premiação de rifas online em Goianésia. A operação contou com a participação de 27 policiais das delegacias de polícia de Goianésia, Jaraguá e Barro Alto.
Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de buscas e apreensões em residências e comércios das pessoas investigadas, sendo apreendidos diversos aparelhos eletrônicos e documentos. A Polícia também cumpriu 06 medidas cautelares para que os investigados parem de promover a divulgação, comercialização, sorteio e premiação de rifas ou eventos similares.
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As investigações
Segundo a polícia, as investigações tiveram início no mês março deste ano, quando a polícia constatou que, além das rifas serem irregulares, visto que sem observância das formalidades legais – desrespeito à legislação federal – Lei nº 5.768, de 1971, e a Portaria nº 20.749, de 2020, ainda possui indícios de ilegalidade no processo de sorteio e premiação.
Durante as investigações, foi apurado que havia desproporção entre o valor de venda do bilhete da rifa e do bem sorteado. Outro fato observado que gerou suspeita de fraude foi que, os ganhadores, geralmente, são amigos ou pessoas próximas do realizador da rifa.
A polícia constatou ainda que alguns compradores investiram um valor superior ao preço do bem sorteado. Alem disso, em muitos casos, o valor obtido com as vendas dos bilhetes, não alcançava o valor do bem, ou seja, o bem é entregue por um valor menor do que realmente valeria no mercado, gerando “prejuízo” ao organizador da rifa, o qual, no entanto, continuava realizando outras diversas rifas.
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Em um dos sorteios, realizado no dia 02/02/2022, a Polícia Civil apurou que a ganhadora de um veículo Land Rover, é esposa de um amigo íntimo do organizador da rifa.
Ainda evidenciando que alguma ilicitude, em outro dia foi realizado o sorteio de um Toyota Corola, modelo Atis, onde o ganhador foi o irmão do esposo da ganhadora da Land Rover. Não bastasse, foi constatado que, dias antes do sorteio da rifa, o veículo era de propriedade do irmão do ganhador.
Segundo a polícia, para mascarar a ilicitude do processo, o investigado realizava os sorteios das rifas por meio da loteria federal.
A polícia ainda investiga outro homem que realizava sorteios pela internet, onde em um deles, seriam sorteados cinco prêmios e, não por coincidência, seu amigo ganhou os cinco prêmios.
A Polícia Civil informou que continua com as investigações no intuito de analisar o material apreendido e apurar a responsabilidade criminal de cada investigado. Informou ainda que se alguma pessoa que adquiriu a rifa se sentir prejudicado, pode procurar a Delegacia de Polícia Civil.