Pesquisa aponta que brasileiros temem mais retorno de Bolsonaro do que reeleição de Lula
- Redação Ogoiás | Goiânia
- há 31 minutos
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Pesquisa revela que 45% dos eleitores temem volta do ex-presidente, contra 40% que rejeitam reeleição do atual

Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (5) pela Genial/Quaest mostra que, entre os eleitores brasileiros, o temor em relação à volta de Jair Bolsonaro (PL) à Presidência é maior do que a preocupação com uma possível reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. Segundo os dados, 45% dos entrevistados afirmaram recear mais o retorno do ex-presidente, enquanto 40% manifestaram maior preocupação com a permanência de Lula no cargo.
Apesar do alto índice de rejeição enfrentado pelo atual presidente, a pesquisa aponta que o receio com o bolsonarismo ainda é mais presente. Dois em cada três entrevistados (66%) disseram que Lula não deveria tentar um novo mandato. Ainda assim, a percepção de ameaça associada à volta de Bolsonaro se mantém expressiva.
Atualmente inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro também responde a processos no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de envolvimento em uma tentativa de golpe para impedir a posse de Lula após as eleições de 2022. A possibilidade de prisão do ex-presidente é considerada concreta por especialistas da área jurídica e política.
Os resultados da pesquisa representam um ponto de alívio para o Palácio do Planalto em meio a um momento delicado. O presidente Lula enfrenta queda na aprovação e rejeição crescente, que chegou a 57%, conforme o mesmo levantamento. Em cenários de segundo turno para 2026, ele aparece tecnicamente empatado com nomes da oposição.
Diante desse cenário, Lula tem reforçado o discurso contra o bolsonarismo, mesmo sem citar diretamente o nome de Jair Bolsonaro. Na última terça-feira (3), por exemplo, o presidente criticou o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, em entrevista à revista Veja, se colocou como possível candidato ao Planalto caso o pai permaneça fora da disputa eleitoral.